30 de jul. de 2010

Ferrari faz antimarketing

A atitude da Ferrari em dar ordens para que seus pilotos troquem de posição durante o Grande Prêmio da Alemanha de Fórmula 1 se provou um desserviço ao esporte e um grande erro de Marketing. Pela segunda vez, a equipe italiana dá combustível para a ira de torcedores, que se voltam contra a sua marca, as de seus patrocinadores e da própria Fórmula 1.


Em 2002, no Grande Prêmio da Áustria, a equipe e os seus pilotos saíram do autódromo debaixo de vaias. Desta vez, a plateia ecoou no mundo inteiro com as redes sociais. A própria organizadora da competição fez questão de mostrar a enganação que esses ditos profissionais promoveram. Escancarado ou por trás das cortinas, é certo que ninguém gosta de ser enganado. E foi isso que a Ferrari fez mais uma vez.
Chamou seus consumidores de palhaços em rede mundial. Consumidores porque, além dos que pagaram para ver a corrida ao vivo, há milhões de pessoas que assistem pela TV. São essas pessoas que dão audiência. E é audiência, exposição e associação de marca que os patrocinadores compram, entre outros. Nenhuma marca gostaria de estar ligada a uma situação destas, gostaria?
É claro que a mítica da Ferrari sai pouco ou quase nada arranhada disso tudo. Quem sempre sonhou em ter uma na garagem vai continuar cultivando a imagem do cavalinho. O buzz negativo, no entanto, é difícil de calcular. Certamente, a marca sofre no longo prazo. Principalmente outras menos fortes como a própria Fórmula 1. Mesmo sendo também um negócio, qualquer esporte vive de torcedores. Sem eles não há patrocinador, dinheiro, ou competição. E o torcedor, consumidor em alguma hora, está farto de ser enganado.

Ferrari faz antimarketing
 


De Bruno Mello do Mundo do Marketing

Nenhum comentário:

Postar um comentário